domingo, 2 de setembro de 2012

Como tudo começou...



Antes de mais nada, apresentarei a vocês agora o meu nome fictício e o nome dos demais participantes da nossa história para que haja um melhor entendimento. Essa apresentação acontecerá sempre que surgirem novos integrantes, porém, meu nome, o do meu companheiro e dos demais que estarão sempre presentes serão permanentes.
Eu: Luiza
Companheiro: Alemão
Meu sogro: Emiliano
Amiga que nos apresentou: Datália

Tudo começou em Maio de 2010. Eu morava em uma cidade vizinha a do Alemão  e Datália, uma das minhas melhores amigas, morava na mesma cidade que ele, mais precisamente no mesmo bairro e na mesma rua. Datália era cunhada de um dos amigos de Alemão e foi através dela que o conheci.
A primeira vez que o vi foi numa festa de aniversário de um conhecido meu, amigo dele. Me encantei:“Lindo, lindíssimo! Me apaixonei, quero ele!!” disse eu empolgadíssima para a Datália. Foi quando ela disse:“Não fica com ele não, ele é muito drogadão!”. *espanto* Aquelas palavras foram fortíssimas, mas não sei por qual razão, não tiveram nenhum peso naquele momento. 
Ele era muito tímido e não olhava nos olhos quando conversava. Tivemos um pequeno desentendimento quando fomos apresentados, o que me fez ficar com um dos seus amigos para chamar a sua atenção (e deu certo)! Depois dessa festa em que nos encontramos só fomos ter contato depois, através da rede social. Ficamos conversando alguns dias até que combinamos de sair juntos, mas não sozinhos.
Lembro-me como se fosse hoje o quanto ele era “mole”, o quanto demorava pra chegar em mim (risos). Nós dois sabíamos que ia acontecer algo entre nós, no entanto ele era altamente reservado e agia como se não quisesse. Foi quando Datália conversou com ele e perguntou: “você não vai chegar nela não? Ela tá super afim de você!”. Quando ela me contou essa atitude fui até ele para puxar papo e pedir desculpa pela minha amiga quase que instantaneamente. Com apenas 5 minutos de conversa ele me pediu licença e disse que ia ao banheiro e pediu para que eu esperasse ali. Esperei cerca de 10 a 15 minutos e fui atrás dele: tirei-o da fila do banheiro e disse que precisava falar com ele URGENTE. Ele me olhou meio “cabreiro”(desconfiado, sem entender) mas foi! Não deixei que ele dissesse uma só palavra e disparei em um tom de voz razoavelmente desesperado: “Datália me disse tudo o que ela disse a você, me desculpe por ela! Não quero que se sinta pressionado a ficar comigo ou a chegar em mim,  não precisa fugir de mim e me deixar esperando, podemos ser amigos!”, foi quando para aqueles eternos segundos de felicidade ele disse: “Claro que eu quero ficar com você, não te deixei esperando, estava na fila do banheiro e a fila do banheiro está muito  grande!!”, novamente comecei a explicar, explicar, justificar, justificar, quando de repente ele disse: “me da um beijo?”, olhei nos olhos dele, ainda que querendo desviar o olhar e perguntei: “Quê??” (risos) e foi quando ele me beijou. Foi lindo, lindo, lindíssimo!! Eu não pensava em nada naquele momento, só não queria que aquilo acabasse. Foi diferente, não foi como com outros garotos que eu tinha ficado. Depois do primeiro beijo e alguns minutos de conversa ele me pediu licença para voltar para a fila do banheiro e disse que estava realmente muito apertado. Ele foi, mas voltou rapidamente. Desse dia em diante as coisas foram ficando cada vez mais fortes entre nós. 
Descobri nele um menino extremamente carinhoso, atencioso, amoroso, romântico, tímido, ciumento, paciente e calmo, extremamente calmo. Ele ainda não tinha terminado o ensino médio, trabalhava na contabilidade do pai e queria fazer “ciências contábeis” assim que concluísse o 2º grau. Foi quando depois de 30 dias juntos, mas sem nenhuma formalidade, ele me pediu em namoro! Esse sim foi um dia lindo!! Tudo conspirava a nosso favor: nos víamos sempre e nos falávamos sempre.
De repente ele começou a sumir por 3 dias, 4 dias, uma tarde inteira, uma manhã inteira. Eu achava estranho, mas sempre acreditei nas mentiras que ele inventava. Algumas poucas pessoas vieram me pedir pra cair fora pois ele usava droga, pediam para eu sair enquanto era tempo. Eu nunca acreditei em ninguém, mesmo porque ele sempre dizia: “Eu fumo maconha as vezes, mas mesmo assim nunca mais fumei. Não uso cocaína, crack, nem nada parecido. Aliás, descrimino quem usa!” e essas palavras pra mim sempre foram suficientes.
Depois de 7 meses de dúvidas, mentiras e muito sofrimento descobri a verdade: Alemão era sim dependente químico. Usava cocaína, doce, bala, fumava maconha as vezes, e eventualmente crack. Foi um choque, foi terrível saber que o menino que eu amo estava envolvido com esse tipo de coisa. “Como eu pude ser tão burra? Como eu pude me deixar enganar por tanto tempo?” eu pensava sozinha. Conversei com ele, disse que eu já sabia de tudo e pedi para que ele se internasse. Disse que não o abandonaria (como realmente não tinha intenção de faze-lo), e ele então disse que iria depois do NATAL e depois da virada de ano, pois queria passar os mesmos com sua família (mentira, ele queria mais tempo pra poder se “despedir” da droga).
Eu ia esperar, quando mais uma vez descobri que ele estava se acabando em drogas. Sem nem pensar duas vezes, por ser nova e altamente imatura: terminei imediatamente o relacionamento e pedi para que ele nunca mais me procurasse. E ele prontamente atendeu ao meu pedido. Passavam-se 15 dias e eu sem notícias dele... Foi quando percebi 3 chamadas perdidas do seu Emiliano em meu celular...

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