domingo, 2 de setembro de 2012

Recaída / 2ª internação! (Parte II)

Quando ele saiu sem dizer nada, fui atrás de fininho para que ele não me ouvisse. Ele foi até a dispensa, revirou, revirou, revirou e não achou nada. Um pouco antes de sair de lá, eu sai para que não me visse. Voltei, entrei no banheiro e disse que ia tomar banho. Ele não me respondeu e novamente percebi que ele saiu e foi até a dispensa novamente. Foi quando eu perdi a cabeça: "O que você tanto procura, Alemão?", surpreso ele respondeu: "Tô procurando um remédio pra dormir da minha irmã!" logo em seguida foi para o quarto dizendo que ia dormir. Chorei na cozinha, até que dona Tera me ouviu e conversou um pouco comigo até que eu me acalmasse.
Quando entrei no quarto, rapidamente ele perguntou: "O que foi? O que minha mãe te falou?", eu, sabiamente (mesmo sem saber de nada) respondi: "Não interessa o que sua mãe me falou, eu não quero ouvir dela, quero ouvir de você!", ele então baixou o olhar e eu continuei: "Eu não estou aqui com você? Eu não estou aqui do seu lado? Confia em mim!", ele então começou a falar: "Pra quê você quer que eu diga? Pra sofrer mais?" e eu respondi: "Não, só para que eu sinta que você confia em mim. Eu já sei, não precisa ter vergonha, eu quero que tenha confiança!", foi então que ele chorou, contou uma versão falsa da história e dentre as coisas que ele me disse em meio ao choro foi: “Eu não consigo parar de pensar nessa porcaria, ela não sai da minha cabeça!!!”, então eu fiz o que não havia feito todos esses meses: não briguei, não gritei e nem chinguei, ao contrário: o abracei, pedi para que se acalmasse e disse que ele não podia se entregar e que tinha que levantar a cabeça novamente. Disse ainda que ele já havia sido forte uma vez e que eu estava do lado dele agora para que conseguisse ser forte mais uma vez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário