quarta-feira, 12 de março de 2014

Saudade!!

Olá, pessoal!
Tudo bem com vocês? Que saudade! Nossa, quanto tempo sem postar. São meses afinal!! Saudades, muita saudade!!
Ultimamente os meus dias tem sido tão corridos e o meu relacionamento com o meu adicto tem estado tão conturbado, o que consequentemente me deixa tão insegura e tão receosa com o amanhã.
Ele voltou à faculdade e infelizmente não assiste às reuniões todos os dias, como antes, mas abre a sala no dia de Domingo de manhã, o que tem deixado ele dentro de sala. Mesmo com a reunião de Domingo, ele ainda tem a possibilidade de ir à reunião da irmandade paralela (da qual também faz parte) que é no Sábado de noite e ele tem ido, mas eu sempre pergunto se ele vai e vou como ele (as reuniões são abertas). Então, eu sinto que ele vai mais pelo fato de eu perguntar, de eu ficar meio que “no pé” dele. Não sei, pode ser que seja coisa da minha cabeça, mas tenho sentido ele um pouco desanimado, as vezes parece que ele só está limpo e não em recuperação. Tenho tanto medo!!
Através desse meu medo libero vários outros sentimentos como a angústia, a tristeza e principalmente: o sofrimento por antecipação. Esse acho que é o pior de todos, pois sofro pelo que não aconteceu e pode nem vir a acontecer. Ai codependencia, não é legal conviver com “você”. Definitivamente não é.
Há alguns dias ele vem reclamando de queimação no estômago, nada que come lhe cai bem e decidiu vir mais cedo da faculdade por conta desse mal estar. Deus que me perdoe por estar julgando, mas infelizmente não acredito que ele estivesse de fato tão mal a ponto de ir embora da faculdade, pois no caminho de casa e em casa ele já estava ótimo, mesmo antes de tomar o remédio.
Mas é só por hoje né? Ou só por agora!! Entregar, devo somente ENTREGAR nas mãos do Poder Superior, pedir a Ele: serenidade, aceitação, coragem e sabedoria, SÓ POR HOJE!
Só por hoje o Alemão ele está limpo a 567 dias (1 ano, 6 meses e 18 dias), mas só por hoje!
Enfim, prometo que vou me esforçar mais para postar aqui, me faz tão bem!!

Bons momentos!!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

“Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia."

“Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(1972)”


Bom dia a todos!!

 Li esse texto hoje através de um primo e me identifiquei bastante. Resolvi compartilhar com vocês para que possamos refletir um pouco e “adaptá-lo” também à nós enquanto codependentes.

Durante muito tempo “me acostumei” com algumas atitudes do meu companheiro adicto e deixei algumas coisas passarem. Me acostumei ao fato de “sumir” dinheiro da minha carteira, na minha bolsa, me acostumei a esperar atitudes, me acostumei a criar expectativas e me acostumei a colocar toda a minha felicidade nas mãos de quem não tinha responsabilidade por ela: o meu esposo.

Até que enfim descobri a imensidão de amor que existe dentro de mim e resolvi dedicar esse amor a única pessoa no mundo que pode me fazer feliz: EU MESMA. Foi então que deixei de me acostumar, de esperar e comecei a me amar. Deixei de lado tudo o que não estava ao meu alcance e comecei a viver o hoje, sem esperar muito do amanhã. 

Hoje meu companheiro encontra-se limpo a 1 ano,   1 mês  e   22 dias, o que não me garante nada. Não me garante que eu e ele vamos viver em paz para sempre, pois por mais que só por hoje  as drogas tenham sido deixadas para trás, meu esposo tem defeitos de caráter, como eu, como você, como todo mundo. Por isso, não espero muito e nem crio expectativas em cima do meu esposo e do “amanhã”. 

Vivo o hoje, só por hoje! Vivo para mim, para me sentir feliz e ser feliz ao lado de quem me ama. Dei um basta em “estar acostumada” e desejo que vocês todos também possam dar um basta em “estar acostumado” e sejam felizes. Só por hoje!!

Bons momentos  ótima semana a todos.

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domingo, 6 de outubro de 2013

LUTO / Novidades!!

Boa noite a todos. Hoje fazem 410 dias ( 1 ano  1 mês e 14 dias) que o meu companheiro segue limpo, sereno  e em recuperação. Só por hoje!!

Bom, hoje sinto-me ainda balançada devido a uma notícia que recebi ontem e por isso encontro-me de LUTO.



Minha sogra contou ao Alemão que um primo adicto dele que mora em outro país,  em um dia de uso assassinou à esposa e como estava completamente transtornado (sob efeito da droga de preferência) ele mesmo ligou para a polícia e contou sobre o ocorrido.

Não pude deixar de me sentir abalada, afinal ela era como eu a algumas 24 horas atrás: esposa de um adicto na ativa. Me peguei imaginando que de repente ela poderia ser eu.  Sim, pois apesar de nunca ter passado por uma situação constrangedora ou de qualquer violência que fosse com o meu esposo, a adicção nada mais é do que a doença do ainda. Logo, se meu esposo continuasse na ativa provavelmente a sua compulsão o iria levar a atitudes que ele ainda não tinha tomado.

Não estou querendo dizer aqui que meu esposo teria uma atitude como a do seu primo, Deus me livre. Estou dizendo que assim como o Alemão nunca levantou a mão pra mim, ele poderia levantar em um dia insano e, assim como  nunca me chamou de qualquer adjetivo desagradável ele poderia vir a chamar. E isso sim seriam atitudes que limpo e sereno como hoje, sob circunstância alguma o Alemão tomaria.

Peço então amigos, que orem por essa esposa que infelizmente não está mais entre nós. Peço ainda que orem por esposas que sofrem com a adicção ativa de seus esposos e peço que oremos também pelos adictos que ainda se encontram no mundo das drogas. Oremos para que eles tenham um despertar espiritual e que busquem uma nova maneira de viver.

Quanto a mim, tenho que agradecer a Deus por HOJE, SÓ HOJE o meu marido não estar interessado em nada que o faça mal. Tenho que agradecer a Deus, pelo fato de que só por hoje eu sei me amar e me colocar em primeiro lugar. Deus sabe de todas as coisas.

Novidades!!

Ontem adotei um mini coelhinho lindo!! Estou super empolgada, não desgrudo dele um minutinho que seja!!  Risos! Esse abaixo é ele, em fotos que eu mesma tirei. Não é uma fofura?


Ahh!! Consegui um emprego, graças a Deus! Tomara que eu consiga dar conta de tudo e me sair muito bem nessa nova etapa da minha vida.

Por hora é isso, amigos(as)... Conseguimos fazer algumas mudanças aqui em casa hoje, deixamos ela a cada dia que passa com mais carinha de nossa. É uma delícia!!

Desejo a todos(as) infinitas 24 horas de felicidade, amor e paz. Que só por hoje nós possamos nos olhar no espelho e dizer: “Te amo. Você é lindo(a)!”.


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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Feliz!!!

Bom dia a todos! Minha vida está uma loucura!!  E olha que estou desempregada hein? Rs
A faculdade tem sido bem egoísta e tem roubado bastante do meu tempo!! Rs.
 Estou com saudades do blog e dos(as) amigos(as). Muita saudade mesmo!!

Meu companheiro segue limpo e em recuperação a 404 dias (1 ano, 1 mês e 8 dias), só por hoje.  Graças a Deus,  um pouquinho da boa vontade dele e dos amigos/familiares que apoiam.

Bom, tenho uma HIPER novidade para contar a todos vocês: NOS CASAMOS!! Rsrsrs!

                     

Fomos ao cartório de registro civil, no dia 20 de Setembro de 2013 (quando completamos 3 anos juntos) e demos entrada no casamento. Vamos voltar lá no dia 22 de Outubro para assinarmos os papéis com o juiz de paz.

Estou muito feliz, pessoal! Muito feliz mesmo. Primeiro porque eu sempre quis casar e construir uma família ao lado de alguém que me ame, e segundo, estou feliz porque o meu marido é um amor de pessoa. Feliz pois ele segue limpo, sereno, em busca de recuperação e com vontade de viver!! E o melhor: viver junto comigo, com minha família, com a família dele  e longe, muitíssimo longe das drogas. Só por hoje!! 

Hoje eu entendo claramente que: “Para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. (...) Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.” (Autor desconhecido).



Então, só por hoje eu posso ser feliz com meu marido adicto, desde que eu não dependa dele para viver e SER FELIZ. Ele pode sim fazer parte da minha felicidade, mas nunca, de maneira nenhuma ser RESPONSÁVEL por ela. Eu sim, sou a responsável por ser feliz. 

Hoje me sinto uma esposa amada, uma filha queria, uma irmã carinhosa e uma amiga companheira. Mas a algumas 24 horas atrás me dedicava somente a ser uma boa codependente cheia de auto piedade e infelicidade. Mas só por hoje tudo isso ficou para trás!

Espero, do fundo do meu coração, que estejam todos bem.
O que eu desejo pra mim, desejo para todos: felicidade, amor e paz!! Só por hoje!!


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sexta-feira, 5 de julho de 2013

PRIMEIRO PASSO



Bom dia a todos, como vão? Graças a Deus segue tudo bem por aqui. Hoje o sol resolveu aparecer um pouquinho e a chuva deu uma trégua, o céu está lindíssimo!!

Bom, hoje quero comentar um pouco sobre o Primeiro Passo do NAR-ANON:

1. Admitimos que éramos impotentes perante o adicto - que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.

Impotência, no dicionário é definida como: "falta de poder, de força. Qualidade de impotente. Impossibilidade física ou moral." (Fonte)

Admitir que sou IM-PO-TEN-TE perante o meu adicto é um exercício diário. Por vezes ainda me sinto com parte (ou total) "controle sob ele". Na verdade, durante muito tempo  deixei de cumprir com minhas obrigações e de cuidar da minha vida para "cuidar" do meu adicto. Acabava que não conseguia cuidar nem dele e nem de mim mesma. Perdi o controle sob a minha vida.

Incontáveis foram as vezes em que deixei de ir à faculdade, deixei de fazer provas, deixei de trabalhar e deixei até de ir visitar familiares na ilusão de que: "se eu ficar com ele, ele não vai usar!". Nossa, quantas vezes esse pensamento me convenceu a ficar. Quantas vezes esse pensamento me fez prisioneira de mim mesma.

O mais importante do primeiro passo é que a partir do momento em que você aceita a sua impotência e aceita que havia perdido o controle sob sua própria vida, você consegue então viver. Você consegue realizar as suas obrigações consciente de que aconteça o que acontecer, nada que você faça vai poder modificar alguma atitude do adicto.

A aceitação do Primeiro Passo é como um alívio para nós (codependentes). Sim, pois podemos perceber que não somos responsáveis (como achávamos que éramos) por tudo de bom ou de ruim que acontece ao nosso adicto e percebemos também que a natureza das nossas falhas vem da "super proteção", do querer proteger.

Esquecemos por vezes que muitas vezes aquilo a que mais resistimos é o que mais persiste. Logo, não há o que eu faça que vá fazer com que o meu adicto mude de ideia. Se ele quiser usar, ele vai usar independentemente do que eu faça: chore, ameace ir embora, fuja, xingue. Nada, infelizmente nada do que eu faça vai mudar a situação. 

Assim sendo, aceitemos e pratiquemos o PRIMEIRO PASSO, queridos(as). Vai ser mais fácil conviver com o adicto (principalmente se ele estiver na ativa) sabendo que somos impotentes perante ele.

Só por hoje vou procurar praticar o PRIMEIRO PASSO. Lembrando sempre de que eu só posso cuidar de mim mesma e das minhas atitudes e deixar as pessoas livres para que possam cuidar das suas vidas e responder por suas escolhas.

Bons momentos.

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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Voltei!! Saudade!!!




Bom dia!! Faz muito frio hoje aqui na Bahia e uma chuva que só pede cama!! Rsrs!!

Estou em falta com o blog, muitas coisas aconteceram durante esse tempo ausente... Muitas mesmo!! 

Algumas boas, outras nem tanto, mas o mais importante é que HOJE, só hoje,  está tudo bem.

Meu companheiro segue limpo e em recuperação a 316 dias (10 meses e 12 dias), só por hoje. Graças a Deus a nossa vida tem caminhado cada vez melhor. Estamos morando sozinhos, na nossa casa: eu, ele e nossas filhas (a Labrador e a Rottweiler)!! E acabamos de adotar mais um baby, um Jabuti!! Rsrsrs!!

Nossos dias tem corrido maravilhosamente bem. Estou desempregada, saí do escritório do meu sogro devido a um episódio ocorrido, mas agora já está tudo bem. Estou de férias da faculdade, graças a Deus passei direto.

Enfim, estou de volta e espero conseguir postar com frequência, é hiper importante para a minha recuperação estar aqui com vocês. Estou super feliz por estar de volta. Saudade de todos. Espero que estejam todos bem, só por hoje.

Desejo a todos ótimos momentos!!


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sexta-feira, 1 de março de 2013

Segunda promessa...



“A Segunda Promessa da Recuperação da Dependência Emocional
Aceitamos o outro como ele é, sem tentar modifica-lo para atender as nossas necessidades.”
( Meditações diárias para MULHERES QUE AMAM DEMAIS, Robin Norwood)

Oi pessoal, sei que estou em falta com o blog, mas pretendo (ainda que aos poucos) voltar com a sequência de postagens.  Hoje vou escrever um pouco sobre a Segunda Promessa da Recuperação da Dependência Emocional.

Antes mesmo de conhecer o meu companheiro, de conhecer a doença da adicção e de conhecer ainda a minha doença, eu já tinha no meu perfil traços da codependencia. Sim, já havia!
Hoje afirmo isso com certeza, pois através  da literatura, pude perceber que desde sempre quis não só adequar e modificar meus familiares para atender as minhas necessidades, como também amigos e então, o meu companheiro.

Lembro perfeitamente do quão arrogante eu era, de modo que enxergava claramente onde meu companheiro deveria mudar para que então pudéssemos conviver bem, mas não enxergava, de maneira nenhuma, que ninguém tem que se adequar a ninguém e que ao contrário do que eu pensava, eu só posso modificar a mim mesma e nunca ao outro.

Não conseguia enxergar ainda que ao mesmo tempo que havia um dedo apontado para o meu companheiro, simultaneamente haviam três apontados para mim. E graças ao meu Poder Superior hoje, em recuperação eu percebo isso.

A partir do momento que eu parei de tentar corrigir o outro (em especial o meu companheiro) e aprendi a ser feliz como eu sou e aceita-lo como ele é, não importa  o que ele esteja fazendo, eu estou sendo feliz. Aumentando assim, as chances de que ele seja feliz também, deixando-o livre para fazer as suas escolhas.

“Para muitas de nós, o tratamento de recuperação consiste em aprender a fazer exatamente o oposto do que sempre fizemos.”  ( Meditações diárias para MULHERES QUE AMAM DEMAIS, Robin Norwood)

E é exatamente o que venho buscando dia após dia: deixar de fazer o que fazia antes. Só por hoje eu venho aprendendo a entender que por mais que EU queira que “ele melhore nisso”, “melhore naquilo”, EU não escolho nada. Aliás, escolho sim. Escolho onde EU posso ser melhor, mas somente o que diz respeito a mim.

“Quando uma mulher que ama demais desiste da cruzada de mudar o homem da sua vida, ele, então fica à mercê das consequências de seu próprio comportamento. Uma vez que ela não está mais frustrada ou infeliz, mas, ao contrário, está se tornando mais e mais entusiasmada pela vida, o contraste com a existência problemática desse homem se intensifica.  Não importa o que ele, então, decida fazer, mas, ao aceitar o homem da sua vida exatamente como ele é, a mulher se liberta, de uma forma ou de outra, para viver sua própria vida – feliz para sempre.” ( Meditações diárias para MULHERES QUE AMAM DEMAIS, Robin Norwood)

Ninguém disse que entrar em recuperação seria fácil, muito pelo contrário, é necessário ir com calma, vivendo um dia de cada vez. É um trabalho de renuncias de atitudes que caminhavam conosco diariamente, e renunciar não é fácil. Não é fácil, mas não é impossível.

Só por hoje eu não vou buscar adequar o outro a mim. Só por hoje vou aceitar as pessoas como elas são para que então eu possa ser aceita como eu sou.  Só por hoje meu companheiro está limpo e em recuperação a 192 dias (6 meses e 12 dias) e estamos muito felizes. Só por hoje eu não quero me preocupar se vamos uma atender às necessidades do outro. Só por hoje quero continuar feliz como eu sou, sem ter que me preocupar a me adequar à ninguém.

Sigo em oração pelos adictos que ainda estão presos às garras da adicção ativa. 

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