Bom dia a todos, como vão? Graças a Deus segue tudo bem por aqui. Hoje o sol resolveu aparecer um pouquinho e a chuva deu uma trégua, o céu está lindíssimo!!
Bom, hoje quero comentar um pouco sobre o Primeiro Passo do NAR-ANON:
1. Admitimos que éramos impotentes perante o adicto - que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.
Impotência, no dicionário é definida como: "falta de poder, de força. Qualidade de impotente. Impossibilidade física ou moral." (Fonte)
Admitir que sou IM-PO-TEN-TE perante o meu adicto é um exercício diário. Por vezes ainda me sinto com parte (ou total) "controle sob ele". Na verdade, durante muito tempo deixei de cumprir com minhas obrigações e de cuidar da minha vida para "cuidar" do meu adicto. Acabava que não conseguia cuidar nem dele e nem de mim mesma. Perdi o controle sob a minha vida.
Incontáveis foram as vezes em que deixei de ir à faculdade, deixei de fazer provas, deixei de trabalhar e deixei até de ir visitar familiares na ilusão de que: "se eu ficar com ele, ele não vai usar!". Nossa, quantas vezes esse pensamento me convenceu a ficar. Quantas vezes esse pensamento me fez prisioneira de mim mesma.
O mais importante do primeiro passo é que a partir do momento em que você aceita a sua impotência e aceita que havia perdido o controle sob sua própria vida, você consegue então viver. Você consegue realizar as suas obrigações consciente de que aconteça o que acontecer, nada que você faça vai poder modificar alguma atitude do adicto.
A aceitação do Primeiro Passo é como um alívio para nós (codependentes). Sim, pois podemos perceber que não somos responsáveis (como achávamos que éramos) por tudo de bom ou de ruim que acontece ao nosso adicto e percebemos também que a natureza das nossas falhas vem da "super proteção", do querer proteger.
Esquecemos por vezes que muitas vezes aquilo a que mais resistimos é o que mais persiste. Logo, não há o que eu faça que vá fazer com que o meu adicto mude de ideia. Se ele quiser usar, ele vai usar independentemente do que eu faça: chore, ameace ir embora, fuja, xingue. Nada, infelizmente nada do que eu faça vai mudar a situação.
Assim sendo, aceitemos e pratiquemos o PRIMEIRO PASSO, queridos(as). Vai ser mais fácil conviver com o adicto (principalmente se ele estiver na ativa) sabendo que somos impotentes perante ele.
Só por hoje vou procurar praticar o PRIMEIRO PASSO. Lembrando sempre de que eu só posso cuidar de mim mesma e das minhas atitudes e deixar as pessoas livres para que possam cuidar das suas vidas e responder por suas escolhas.
Bons momentos.
-